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Página 1 da obra aristotélica Sobre o céu,
tirada de uma edição publicada em 1837 |
Sobre o céu ou Do céu (em latim: De Caelo ou De Caelo et Mundo) é o tratado cosmológico chefe de Aristóteles: ele contém toda a sua teoria astronômica. Não deve ser confundido com o trabalho espúrio Sobre o Universo (De mundo, também conhecido como Sobre o cosmos).
Segundo Aristóteles, os corpos celestes são os objetos (ou substâncias) mais perfeitos que existem, cujos movimentos são regidos por princípios distintos daqueles válidos para os corpos na esfera sublunar. Estes últimos são compostos por um ou por todos os quatro elementos clássicos (terra, água, ar, fogo), que são deterioráveis, enquanto que a matéria celeste é constituída por éter inextinguível, por isso os corpos não estão sujeitos à geração e corrupção. Conseqüentemente, seus movimentos são eternos e perfeitos, e o movimento perfeito é o circular que, ao contrário dos movimentos terrestres, para cima e para baixo, por si só pode durar eternamente. As substâncias corpos celestes possuem matéria (éter) e forma: ao que parece, Aristóteles os considerava como seres vivos, com uma alma racional como forma (ver também Metafísica, livro XII).
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