segunda-feira, 15 de julho de 2013
Gregório de Nazianzo
Gregório de Nazianzo, ou Gregório Nazianzeno (perto de Nazianzo,[a] Capadócia, Ásia Menor, 329 — 389), foi um Patriarca de Constantinopla, teólogo e escritor cristão. Conhecido também por Gregório Teólogo ou Gregório, o Teólogo, é amplamente considerado como o mais talentoso retórico da era patrística. Como um orador treinado nos clássicos e um filósofo, ele infundiu o helenismo na igreja antiga.
Gregório teve um impacto significativo na formação da teologia trinitária tanto entre os teólogos latinos como entre os gregos, e é lembrado como o "teólogo trinitário". Muito de sua obra teológica continua influenciando os teólogos modernos, especialmente no que diz respeito à relação entre as três pessoas da Trindade. É um dos Padres da Igreja que, juntamente com seus irmãos Basílio Magno e Gregório de Nissa, são denominados Padres Capadócios.
Gregório é denominado, pela Igreja Ortodoxa, num testemunho do seu imenso apreço, pelo cognome "o Teólogo". Para a Igreja Católica, Gregório também é um doutor da Igreja.
Devido à tendência de Gregório de comentar aspectos de sua vida pessoal em suas obras, elas são facilmente identificáveis e mostram claramente a evolução de seu pensamento.
Seus discursos (Orationes: abreviado aqui como "Orat.") foram organizados de maneira cronológica para publicação integral por Tillemont e Maurini: abarcam a vida de Gregório desde 362 até 383. No total, foram 44 (com uma finalmente sendo rechaçada como espúrio). A edição de Migne (Patrologia Graeca) os publicou nos volumes 35 e 36 . A edição crítica, já com apenas os 43 discursos comprovados como autênticos foi publicada pelas Sources Chrétiennes . É possível identificar retoques feitos pelo autor, o que implica que Gregório já imaginava publicar estes discursos. Rufino de Aquileia foi um dos primeiros a traduzir alguns deles para o latim. No primeiro, Gregório pede desculpas por fugir da ordenação sacerdotal. No segundo, fala do sacerdócio com um texto que claramente influenciou a obra posterior de João Crisóstomo, os "Seis livros do sacerdócio"25 :386. Os famosos "Discursos Teológicos" sobre a Trindade se encontram sob os números 27–31 na obra de Migne: o título foi sugerido pelo próprio Gregório (cf. Orat. 28, 1). Os discursos em que ele se dedicou a combater Juliano, o Apóstata foram escritos no ano de 370 (cf. Orat. 4 e 5).
Suas cartas foram colecionadas por Migne no volume 37 de sua Patrologia Graeca. São 249, ainda que com algumas espúrias. Datadas a partir de 359 d.C., muitas foram dirigidas a Basílio Magno. Três cartas teológicas sobre o apolinarismo foram publicadas por Sources Chrétiennes no volume 208 de sua coleção.
Sua obra poética se divide em Carmina dogmatica (38 poemas), Carmina moralia (40 poemas), sobre si mesmo (99 poemas), sobre seus amigos (8 poemas), epitáfios (129 poemas) e epigrammata (94 poemas). Todos estão no volume 37 de Migne. Um poema sobre a Paixão de Cristo é considerado apócrifo (cf. SC vol. 149.), ainda que seja um tema de debates em que autores como Francesco Trisoglio ou André Tuilier defendem que ele é de fato obra de Gregório :389.
Juntamente com Basílio, Gregório compôs uma edição de textos de Orígenes chamada Filocalia. Além do tema da apocatástase, já tratado, outro ponto de contato entre Gregório e Orígenes é a sua avaliação positiva do uso da cultura clássica no cristianismo. A comparação utilizada por Orígenes, de que assim como os judeus levaram consigo os tesouros dos egípcios em sua fuga, também os cristãos deveriam tomar da cultura greco-latina aquilo que fosse necessário para a propagação do Evangelho, também foi utilizada por Gregório nesta obra.
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