domingo, 14 de julho de 2013
O escriba
O escriba ou escrivão era aquele que na Antiguidade dominava a escrita e a usava para, a mando do regente, redigir as normas do povo daquela região ou de uma determinada religião. Também podia exercer as funções de contador, secretário, copista e arquivista.
O Escriba do Antigo Egito, ou sesh, era uma pessoa educada nas artes da escrita (usando tanto escritas hieróglifas e hieráticas, e da segunda metade do primeiro milenio AC a escrita Demotica foi usada também) e dena (aritmetica). Filhos de escribas eram educados na mesma tradição escriba, enviados à escola e ao entrarem ao serviço civil, herdaram as posições de seus pais.4
Muito do que é sabido do Antigo Egito provem das atividades dos escribas. Edifícios monumentais foram erigidos sob suas supervisões, atividades administrativas e economicas eram documentadas por eles, e os contos das bocas das baixas classes egípcias ou de terras estrangeiras sobreviveram graças ao escribas.6
Escribas também eram considerados parte da corte real e não eram obrigados a pagar taxas ou se juntar às forças armadas. A profissão do escriba possuía profissões similares, como os pintores e artesãos que faziam decorações e outras relíquias com pinturas e textos hieróglifos. Um escriba era eximido do trabalho manual pesado exigido às baixas classes.
Nos livros sagrados para os cristãos e judeus, o termo escriba refere-se aos chamados doutores e mestres (cf. Mateus 22,35; Lucas 5,17), ou seja, homens especializados no estudo e na explicação da lei ou Torá. Embora o termo apareça pela primeira vez no livro de Esdras, eles eram bem sucedidos ao que faziam e sabe-se que tinham grande influência e eram muito considerados pelo povo, tendo existido escribas partidários de diferentes seitas, tais como os fariseus (a maioria), saduceus e essênios.
Iniciam sua atuação ainda nos tempos do Antigo testamento, em que a figura do profeta perde o seu valor. Já no Novo testamento, é possível verificar que a maioria dos escribas se opõe aos ensinamentos de Jesus (cf. Marcos 14,1; Lucas 22,1), que os critica duramente por causa do seu proceder legalista e hipócrita (cf. Mateus 23,1-36; Lucas 11,45-52; 10,46-47), comparando-o ao dos fariseus, a corrente de escribas que representava a maioria.
Após o desaparecimento do templo de Jerusalém no ano 70, seguido do desaparecimento da figura do sacerdócio judaico, sua influência passaria a ser ainda maior.
Alguns escribas ficariam famosos, tais como Hillel e Sammai (pouco antes de Jesus Cristo), tendo sido ambos líderes de tendências opostas na interpretação da lei, liberal o primeiro e rigoroso o segundo.
Gamaliel, discípulo de Hillel, foi mestre de Paulo (cf. Atos 22,3), tendo existido também outros escribas simpatizantes com os cristãos. (cf. Atos 5,34).
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